quinta-feira, 8 de abril de 2010


A posse de um objeto-amado anula o amor.

O amor não implica posse, mas aceitação.
Aceitação de si, do outro, da relação, da diferença, do não-outro, do não-ser-eu, da distância.
O amor valoriza o que é, o que vê, o que vier a tornar-se, valoriza o melhor PARA o outro.
O amor não é posse, é dádiva.

A posse é doença, é controle.
O objeto possuído deixa de ser o objeto-desejado, ao ser possuído.
Já não é, pois o que se desejava era o desejo, e não o amor.

Um comentário:

Anônimo disse...

Muito profundo e verdadeiro!!!