sábado, 17 de abril de 2010

Ausência


Essa falta que me causas, é como dor que não se localiza. Falta não sei onde e não sei o quanto.
Espaço não configurado,não conceitual, imensurável.
O que sei de mim, pela força da saudade, por vezes, me esqueço.
É como labirinto não sinalizado por onde recolho pedaços, fragmentados de mim.
Levaste a senha da minha inteireza.
E desde esse momento me assombro em tanta ausencia.
Consolo-me na obsservância silenciosa dos teus segredos que em poucas frases nos legaste.
Há nelas uma fragilidade se esvaindo pela cavidade do tempo.
É impossível negar.
É teu ressuscitar sereno, ampliando a tua ausencia em mim.
Roubas o que sou e me tornas a sepultura de onde sais.
Sou o espaço da tua inabitação. Sou a saudade que te evoca, traz de volta e te concede uma criativa forma de continuar...

2 comentários:

Anônimo disse...

A pessoa é "a poeta" e não sabe!!!

Anônimo disse...

q coisa mais linda prima!!!! Posso colocar no meu orkut???? por favorrrr