domingo, 23 de novembro de 2008

Recomeçar


Jamais se enganem comigo...

Se eu digo vou, posso esta voltando,

Se eu volto, posso esta indo

A tristeza pode ser alegria,

A alegria pode ser tristeza

Tenho procurado o que não estava perdido

Tenho me perdido no que tenho encontrado...

Encontrei a poesia como forma de expressão nesse mundo semântico o qual tenho mergulhado

Não acredito no que enxergo

Mas no que estão nas entre linhas

Tenho buscado respostas e me perdido mais uma vez nas perguntas que não querem calar

Por que?

Para que?

Para quem?


Persigo o meu caminho

Flores

Mar

Seca

Sertão

chão

asfalto

Dor

alegria

Não se engane...

Se eu falar de abstinência

Posso esta falando de entrega

Nesse jogo de palavras

A morte que seria o fim

É apenas o começo de tudo...

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Porque querer está tão longe de poder


A minha vida,

Eu preciso mudar todo dia

Pra escapar

Da rotina dos meus desejos por seus beijos

Os meus sonhos

Eu procuro acordar e perseguir meus sonhos

Mas a realidade que vem depois

Não é bem aquela que planejei

Eu quero sempre mais

Eu quero sempre mais

Eu espero sempre mais de ti

Por isso hoje estou tão triste

Porque querer está tão longe de poder

E quem eu quero está tão longe, longe de mim

Longe de mim

Longe de mim

Longe de mim

Longe de mim

Longe de mim

domingo, 16 de novembro de 2008


Estou indo...

Nunca pensei que ouvi isso ia doer tanto...

Estou indo...

Talvez você nunca esteve

Estou indo...

Sou egoista e quero as coisas do meu jeito sempre

Estou indo...

Nunca vá sem antes me perguntar se pode

Estou indo...

Lembrei que você não me pertence

Estou indo...

Se não era para ficar, porque veio?

Estou indo...

Parece fácil falar isso

Estou indo...

Talvez seja fácil eu é que sou complicada

Estou indo...

não é tão simples assim

Estou indo...

ao menos para mim

Estou indo...


Estou indo...

O final de semana vai passar

Estou indo...

Eu não queria que você fosse

Estou indo...

A realidade as vezes me assusta

Estou indo...

Marte

Estou indo...

Vênus

Estou indo...

sonhos também se vão

Estou indo...

obrigada por me ajudar a enxergar essa realidade

Estou indo...

nada é eterno

Estou indo...

Poderia ser ao menos duradouro e acessível a qualquer hora

Estou indo...

Aqui mora um coração

Estou indo...

Resolvi arrumar as malas

Estou indo...

Não pertenço a esse cenário

Estou indo...

Entrei na peça errada

Estou indo...

O pior é que gostei dela e queria ficar

Estou indo...
Não há pessoas na platéia
Estou indo...

a realidade me chama

Estou indo...

Estou indo...

Também irei...

Estou indo...

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Todas as águas...


"Quando pensei que estava tudo cumprido,
Havia outra surpresa: mais uma curva
Do rio, mais riso e mais pranto.
Quando calculei que tudo estava pago,
Anunciaram-se novas dívidas e juros,
O amor e o desafio.
Quando achei que estava serena, os caminhos se espalmaram como dedos de espanto
Em cortinas aflitas.
E eu espio, ainda que o olhar seja grande e a fresta pequena"
Lya Luft (Para não dizer adeus)

Perder, Ganhar



"Com as perdas, só há um jeito: perdê-las.

Com os ganhos,o proveito é saborear cada um como uma fruta boa da estação.

A vida, como um pensamento,corre à frente dos relógios.

O ritmo das águas indica o roteiro e me oferece um papel: abrir o coração como uma vela ao vento, ou pagar sempre a conta já vencida"...

Dizendo Adeus...



Estou sempre dando adeus:

também ao desencontro e ao desencanto.
Estou sempre me despedindodo ponto de partida que me lança de si, do porto de chegada que nunca é aqui.
Estou sempre dizendo adeus:até a Deus, para o reencontrar em outra esquina de adeuses.
Estarei sempre de partida, até o momento de sermos deuses: quando me fizeres dar adeus à solidão e à sombra.


Trecho do livro Para Não Dizer Adeus

Lya Luft

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Livros para Todos



Nem acredito + achei um monte de livros de Ernest Hemingway para baixar...


é um sonho! O primeiro livro que li dele foi Paris é uma festa! Perfeitooo. Sem falar em Por quem os sinos se dobram...nossa!! Vou ler tudooooo aqui! Apesar de ter amado esses livros, nunca mais lembrei de Ernest...hoje , na biblioteca, encontrei no cantinhoooo " Paris é uma festa" Li há uns 13 anos...vim para net e encontro um monte de coisas!
Feliz! Obrigada Deus pela internet!


amo

amo !






Pensamento a base do vinho que acabei de tomar ...

terça feira...sozinha em casa...acabei de enviar a coluna para o jornal...ouvindo música e tomando vinho....nem eu acredito... amanhã viajo cedo, atrás de uma sentença..ou uma carta de alforria..aiiii...isso daria um livro....




"Sem a intensidade da paixão, a vida é, sem dúvida, uma cilada cujo limite é a comodidade, cuja verdade é o medo de ir demasiado longe" Paris é uma festa!



Um brinde a Hemingway!
hummm
esse medo demasiado me lembrou algo...acho que vou postar ali essa frase =DD

"É curioso não saber dizer quem sou.

Quer dizer, sei-o bem, mas não posso dizer.

Sobretudo tenho medo de dizer porque no momento em que tento falar não só não exprimo o que sinto como o que sinto se transforma lentamente no que eu digo".


- Clarice Lispector

...

"Segue o teu destino...
Rega as tuas plantas,
Ama as tuas rosas.
O resto é a sombrade árvores alheias"
Fernando pessoa

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

O amor fino..


"O amor fino não busca causa nem fruto.

Se amo, porque me amam, tem o amor causa;

se amo, para que me amem, tem fruto: e amor fino não há de ter porquê nem para quê.

Se amo porque me amam é obrigação, faço o que devo:

se amo, para que me amem, é negociação, busco o que desejo.

Pois como há de amar o amor para ser fino?

Amo, quia amo; amo, ut amem: amo, porque amo, e amo para amar.

Quem ama porque o amam é agradecido,quem ama, para que o amem, é interesseiro:

quem ama, não porque o amam,

nem para que o amem,

só esse é fino"


Padre António Vieira

sábado, 1 de novembro de 2008

Frases no Mural


"Gostar é a melhor maneira de ter e ter deve ser a pior maneira de gostar"

Conto da Ilha Desconhecida - José Saramago


Ensaio sobre a Cegueira

"(...) hoje é o dia de ver, não o de olhar, que esse pouco é o que fazem os que, olhos tendo, são outra qualidade de cegos"


"Somente num mundo de cegos as coisas serão o que verdadeiramente são"


"Porque nada perde ou repete. Porque tudo cria e renova"


"(...) as velhas fotografias enganam muito, dão-nos a ilusão de que estamos vivos nelas, e não é certo, a pessoa para quem estamos a olhar já não existe, e ela, se pudesse ver-nos, não se reconheceria em nós."

Na biblioteca

Camille Claudel


"L'Age mûr" (Maturity) by Camille Claudel


Filme:

O filme Camille Claudel (França, 1988 - California Filmes) relata a vida da escultora. Conta com a direção de Bruno Nuytten e a participação de Isabelle Adjani como Camille e Gérard Depardieu como Rodin.


Bibliografia:


DELBÉE, Anne, Camille Claudel: uma mulher, São Paulo: Martins Fontes, 1988.
WAHBA, Liliana Liviano, Camille Claudel: criação e loucura, Rio de Janeiro: Rosa dos Tempos, 2002.
ROCHA, Ana Maria Martins Lino, Escolha da paixão: uma análise do romance entre Camille Claudel e Auguste Rodin à luz da psicanálise, São Paulo: Vetor, 2001.


Camille Claudel (Fère-en-Tardenois, Aisne, 8 de dezembro de 1864Paris, 19 de outubro de 1943) foi uma escultora francesa.
Filha de Louis-Prosper Claudel, hipotecário e Louise-Athanaïse Claudel, Camille Claudel passa sua infância em Villeneuve-sur-Fère, morando em um presbitério que seu avô materno, doutor Athanase Cerveaux, havia adquirido. Primeira a ser gerada pelo casal, quatro anos mais velha que Paul Claudel, ela impõe a este, assim como a sua irmã caçula Louise, sua forte personalidade. Segundo Paul, tendo declarado seu desejo de ser escultora, Camille previu também que ele se tornaria escritor e Louise musicista.
Seu pai, maravilhado com seu estupendo e precoce talento que, ainda na infância, produziu esculturas de ossos e esqueletos com impressionante verossimilhança, oferta-lhe todos os meios de desenvolver suas potencialidades. Sua mãe, por outro lado, não vê com bons olhos, colocando-se sempre contra todo aquele empreendimento, reagindo muitas vezes violentamente no sentido de reprovar a filha que traz incômodos e custos excessivos para a manutenção de seu “capricho”.
Em 1881, parte para Paris e ingressa na Academia Colarossi, tendo por mestre primeiramente Alfred Boucher e depois Auguste Rodin. É desta época que datam suas primeiras obras que nos são conhecidas: A Velha Helena (La Vieille Hélène — coleção particular) ou Paul aos treze anos [1] (Paul à treize ans — Châteauroux). Rodin, impressionado pela solidez de seu trabalho, admite-a como aprendiz de seu ateliê da rua da Universidade em 1885 e é nesse momento que ela colaborará na execução das Portas do Inferno (Les Portes de l'Enfer) e do monumento Os Burgueses de Calais (Les Bourgeois de Calais).
Tendo deixado sua família pelo amor de Rodin, ela trabalha vários anos a serviço de seu mestre e mantendo-se à custa de sua própria criação. Por vezes, a obra de um e de outro são tão próximas que não se sabe qual obra do mestre ou da aluna inspirou um ou copiou o outro. Além disso, Camille Claudel enfrenta muito rapidamente duas grandes dificuldades: de um lado, Rodin não consegue decidir-se em deixar Rose Beuret, sua companheira devotada desde os primeiros anos difíceis, e de outro lado, alguns afirmam que suas obras seriam executadas por seu próprio mestre. Assim sendo, Camille tentará se distanciar, percebendo-se muito claramente essa tentativa de autonomia em sua obra (1880-94), tanto na escolha dos temas como no tratamento: A Valsa [2](La Valse — Museu Rodin) ou A Pequena Castelã [3] (La Petite Châtelaine, Museu Rodin). Esse distanciamento segue até o rompimento definitivo em 1898. A ruptura é marcada e contada pela famosa obra de título preciso: A Idade Madura [4] (L’Age Mûr – Museu d'Orsay).
Ferida e desorientada, Camille Claudel nutre então por Rodin um amor-ódio que a levará à paranóia. Ela instala-se então no número 19 do quai Bourbon e continua sua busca artística em grande solidão apesar do apoio de críticos como Octave Mirbeau, Mathias Morhardt, Louis Vauxcelles e do fundidor Eugène Blot. Este último organiza duas grandes exposições, esperando o reconhecimento e assim um benefício sentimental e financeiro para Camille Claudel. Suas exposições têm grande sucesso de crítica, mas Camille já está doente demais para se reconfortar com os elogios.
Depois de 1905, os períodos paranóicos de Camille multiplicam-se e acentuam-se. Ela crê em seus delírios que Rodin está apoderando de suas obras para moldá-las e expô-las como suas, que também o inspetor do Ministério das Belas-Artes está em conluio com Rodin, e que desconhecidos querem entrar em sua casa para lhe furtar as obras. Ela vive então em um grande abatimento físico e psicológico, não se alimentando mais e desconfiando de todos.
Seu pai, seu porto-seguro, morre em 3 de março de 1913. Em seguida, em 10 de março, ela é internada no manicômio de Ville-Evrard. A eclosão da Primeira Guerra Mundial levou-a a ser transferida para Villeneuve-lès-Avignon onde morre, após trinta anos de internação, em 19 de outubro de 1943, aos 79 anos incompletos.




Seu gênio sufocado por dois gigantes, sua vida sufocada por um abandono, suas forças e sua lucidez esgotadas por uma relação umbilical com seu mestre e amante. Uma relação da qual não conseguiu desvencilhar-se, consumindo sua vitalidade na vã tentativa de desembaraçar-se desse destino perverso. Camille Claudel, sua forte personalidade, sua intransigência, seu gênio criativo que ultrapassou a compreensão de sua época, como afirma o personagem de Eugène Blot no filme, permanecerá ainda e sempre um Sumo Mistério!!