sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010


Só eu sei
As esquinas por que passei
Só eu sei só eu sei
Sabe lá o que é não ter e ter que ter pra dar
Sabe lá
Sabe lá
E quem será
Nos arredores do amor
Que vai saber reparar
Que o dia nasceu
Só eu sei
Os desertos que atravessei
Só eu sei
Só eu sei
Sabe lá
O que e morrer de sede em frente ao mar
Sabe lá
Sabe lá
E quem será
Na correnteza do amor que vai saber se guiar
A nave em breve ao vento vaga de leve e trás
Toda a paz que um dia o desejo levou
Só eu sei
As esquinas por que passei
Só eu sei
Só eu sei
E quem será
Na correnteza do amor...

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010


Hoje acordei focada no trabalho...não sei pq faço isso + ...
Sabe uma vontade de trabalhar, trabalhar...produzir, produzir 24h por dia...
to assim...
Deve ser para não pensar em nada...
ai ai
Mundo vasto mundo...

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010



"Fujo para longe de ti,
evitando-te como a um inimigo,
mas incessantemente
te procuro em meu pensamento.
Trago tua imagem em minha memória
e assim me traio e contradigo,
eu te odeio, eu te amo."

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010


Eu queria tanto...+ tantooooo
pensar menos em tudo...
queria não pensar em suas mãos...em seus beijos, em seu corpo...em seus cabelos...em sua boca...em seu gosto...em seu toque...em sua voz...
eu queria...
estou tentando...
quem sabe conseguirei um dia...

"Solidão não é a falta de gente para conversar,
namorar, passear ou fazer sexo...
Isto é carência!

Solidão não é o sentimento que experimentamos pela ausência
de entes queridos que não podem mais voltar...
Isto é saudade!

Solidão não é o retiro voluntário que a gente se impõe,
às vezes para realinhar os pensamentos...
Isto é equilíbrio!

Solidão não é o claustro involuntário que o destino
nos impõe compulsoriamente...
Isto é um princípio da natureza!

Solidão não é o vazio de gente ao nosso lado...
Isto é circunstância!

Solidão é muito mais do que isto...

Solidão é quando nos perdemos de nós mesmos
e procuramos em vão pela nossa alma."

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010


“Haverá um choro que nunca será cessado...E este está dentro do meu coração...
Não faz uso de lágrimas para se expressar...
É uma dor calada dentro do peito
Um sangramento, uma ferida aberta...
Um grito que tem que ser calado...

Uma esperança removida drasticamente de dentro de mim
Que causou danos irreversíveis...
E a dor é minha companhia diária...
O vazio...o companheiro sarcástico
A solidão...O destino!

Calo-me porque um pranto nunca deve ser eterno
Calo-me porque a vida tem que seguir em função de outras coisas...
Calo-me porque confio no tempo
E confio em Deus...

Há um choro que nunca será cessado...
Há um amor que nunca será revelado...
Há um sonho que foi assassinado
Há uma vida que segue...
Sem rumo e sem direção”

Deixem-me morrer descansada,
Não me acordem se adormecer
E cair em sono profundo.
A vida assim não vale nada,
Parece que nasci só para sofrer
E estar só, tão só, neste mundo.

Acordo sem me sentir acordada,
A vida não fez por me merecer.
Atirou-me para o poço mais fundo,
Não há quem me atire uma escada,
Quem me salve e me faça esquecer
Como tudo o que toco é imundo.

"Eu não tinha este rosto de hoje,
assim calmo, assim triste, assim magro,
nem estes olhos tão vazios, nem o lábio amargo.
Eu não tinha estas mãos sem força,
tão paradas e frias e mortas;
eu não tinha este coração que nem se mostra.
Eu não dei por esta mudança,
tão simples, tão certa, tão fácil:
Em que espelho ficou perdida a minha face?"

Cecília Meireles

domingo, 14 de fevereiro de 2010

meu carnaval...


Foto: Reprodução do livro Meu Carnaval Brasil .

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010













”Amar, é morrer aos poucos, mas não amar é o purgatório em vida.” – Stealing Heaven
Uma face de Paris que me fascina, é o fato que a cidade inspira e sempre inspirou o amor. Paris tem vocação romântica entranhada em cada rua. Minha história de amor favorita, aconteceu na Paris Medieval, século XII.

Me encantei pela linda e triste história de amor de Abelardo e Heloísa, quando assisti pela primeira vez ao filme “Stealing Heaven” (traduzido “Em Nome de Deus” no Brasil) , filme de 1988, que eu devo ter visto pela primeira vez há uns idos 13 anos. Até hoje é um dos meus filmes favoritos, toda vez que assisto, eu choro da metade para o final.

A história tem várias versões contadas e é conhecida principalmente através das cartas que os amantes trocavam. Pedro Abelardo (1079-1142) era um grande filósofo e teólogo, nasceu em Le Palais, filho de um pequeno nobre francês, o que o concedeu acesso aos estudos. Em 1116, Abelardo já era o maior professor de Paris, lecionava na cátedra de Teologia e Dialética em Notre-Dame. Foi nessa época que conheceu Heloísa (1100-1164), mulher de inteligência notável, totalmente atípica para época: no medievo as mulheres podiam aspirar apenas o casamento ou carreira religiosa. Pouco se sabe como Heloísa se formou como livre pensadora com conhecimento superior até aos homens de sua época.
As várias versões relatam que Abelardo e Heloísa se amaram a primeira vista, a cena do filme é lindíssima, mas vou deixar para quem for assistir descobrir. Há quem diga que Heloísa já conhecia a fama de Abelardo como grande mestre, mas que sem sucesso tentava encontrá-lo pessoalmente. Fato é que os dois se conheceram, Abelardo tornou-se tutor de Heloísa, e eles se apaixonaram irremediavelmente, muito por causa do amor que os dois dedicavam ao conhecimento.

A situação entretanto, não era tão simples. Na Idade Média, filósofos e professores eram celibatários, o que se tornou um conflito para os dois tomados por um sentimento totalmente fora dos padrões da época. Além disso, as mulheres não tinham autonomia, o que tornava Heloísa, propriedade de seu tio e responsável por ela, que pretendia fazer de seu casamento um bom negócio.

Como vocês devem imaginar, Abelardo e Heloísa acabaram ficando inevitavelmente juntos… pensem em duas pessoas se amando tanto e estando juntas sempre… pois é! Mas esse amor nada ortodoxo começou a despertar rumores, dada a fama da figura de Abelardo e as tradições medievais. Aí que o problema começou.
No filme, uma de minhas cenas favoritas, é quando os dois, ainda juntos, felizes e apaixonados, passeiam pelos arredores do Rio Sena, e Heloísa corre para pegar uma pena de pombo, segundo ela, símbolo do amor. E ela diz a Abelardo que aquela seria sua relíquia sagrada, porque ela nunca poderia ser mais feliz do que já era naquele momento. Eu não sei vocês, mas essa plenitude de amor me intriga e me emociona muito… imaginem como é, estar com alguém e ter a consciência que se está vivendo um momento de felicidade plena?

Mas como muito sabiamente, Jesus já havia dito, que “a felicidade não é desse mundo”, e como sabemos que nada dura para sempre… as coisas complicaram quando Heloísa ficou grávida, e teve que fugir e se esconder a ira de seu tio. Abelardo a alojou na casa de sua irmã, onde ela viveu alguns anos com o bebê. Alguns contam que os dois se casaram escondido, para que ela pudesse se livrar do jugo do tio. Outros contam, que como mulher à frente do seu tempo, Heloísa não aceitou se casar, para que Abelardo prosseguisse com sua carreira de professor. A maior tragédia dos dois, foi a castração de Abelardo, contratada por Fulbert, tio de Heloísa
Traumatizado com o ocorrido, e considerando um castigo pelo seu “desvio” Abelardo resolve seguir carreira de padre, e sugere que Heloísa siga também carreira religiosa, uma vez que não tinha família ou amigos.

E assim, a vida dos dois toma rumos diferentes. Alguns contam que deprimidos, os dois nunca mais se viram, outras versões, dizem que eles se encontraram mais vezes mas nunca mais se falaram, apenas trocaram cartas. No filme, Heloísa diz ao seu amado, que seria uma freira, mas não por amor a Deus, e sim para poder vê-lo de quando em quando, e poder beijar sua mão [essa história é corroborada por uma das cartas de Heloísa, onde ela confessa amar a Abelardo acima de qualquer coisa e somente cumprir as obrigações religiosas como prova de amor ao seu amante terreno, que lhe houvera pedido para entrar em um convento]. De qualquer forma, as cartas existem, e dão notícias do acontecido…



“Fujo para longe de ti,
evitando-te como a um inimigo,
mas incessantemente
te procuro em meu pensamento.
Trago tua imagem em minha memória
e assim me traio e contradigo,
eu te odeio, eu te amo.”
Carta de Abelardo a Heloísa.



“É certo que quanto maior é a
causa da dor, maior se faz
a necessidade de para ela
encontrar consolo, e este
ninguém pode me dar, além de ti.
Tu és a causa de minha pena,
e só tu podes me proporcionar conforto.
Só tu tens o poder de me entristecer,
de me fazer feliz ou trazer consolo.”
Carta de Heloísa a Abelardo

O que mais mexe comigo nessa história, e que me deixa inconsolável quando assisto ao filme, é o fato de se encontrar o seu grande amor, um relacionamento perfeito, a raridade de se sentir complementado pelo outro, e não poder vivê-lo. Ver a vida toda passar, amar somente àquela pessoa, e nunca mais a ver. Na versão cinematográfica, após anos e anos, eles se encontram, com a mesma emoção do passado, as mesmas declarações de um amor que não morre, e Abelardo então faz um pedido final à sua amada, que eles pudessem ao menos serem enterrados juntos.
Abelardo e Heloísa estão enterrados juntos no Pére Lachaise, em Paris. Até hoje, amantes visitam seu túmulo e lhes deixam flores…

domingo, 7 de fevereiro de 2010

Quero


Quero
Quero que todos os dias do ano
todos os dias da vida
de meia em meia hora
de 5 em 5 minutos
me digas: Eu te amo.

Ouvindo-te dizer: Eu te amo,
creio, no momento, que sou amado.
No momento anterior
e no seguinte,
como sabê-lo?

Quero que me repitas até a exaustão
que me amas que me amas que me amas.
Do contrário evapora-se a amação
pois ao não dizer: Eu te amo,
desmentes
apagas
teu amor por mim.

Exijo de ti o perene comunicado.
Não exijo senão isto,
isto sempre, isto cada vez mais.
Quero ser amado por e em tua palavra
nem sei de outra maneira a não ser esta
de reconhecer o dom amoroso,
a perfeita maneira de saber-se amado:
amor na raiz da palavra
e na sua emissão,
amor
saltando da língua nacional,
amor
feito som
vibração espacial.

No momento em que não me dizes:
Eu te amo,
inexoravelmente sei
que deixaste de amar-me,
que nunca me amastes antes.

Se não me disseres urgente repetido
Eu te amoamoamoamoamo,
verdade fulminante que acabas de desentranhar,
eu me precipito no caos,
essa coleção de objetos de não-amor.

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Recebi essa música de uma amiga hj...

Every Little Thing She Does Is Magic
Cada Coisinha Que Ela Faz É Mágica

Though I've tried before to tell her
Embora eu tenha tentado dizer a ela
Of the feelings I have for her in my heart
o que sinto por ela no meu coração
Every time that I come near her
Cada vez que eu me aproximo dela
I just lose my nerve
Eu apenas perco minha coragem
As I've done from the start
Como eu fiz no começo

Every little thing she does is magic
cada coisinha que ela faz é magica
Everything she does just turns me on
Tudo que ela faz me excita
Even though my life before was tragic
Ainda que minha vida tenha sido trágica
Now I know my love for her goes on
Agora eu sei que meu amor por ela continua

Do I have to tell the story
Eu tenho que contar a história
Of a thousand rainy days since we first met
De mil dias chuvosos desde que nos encontramos pela primeira vez
It's a big enough umbrella
É um guarda-chuva suficientemente grande
But it's always me that ends up getting wet
Mas sou sempre eu quem acaba se molhando

Every little thing she does is magic
Cada coisinha que ela faz é magica
Everything she does just turns me on
Tudo que ela faz me excita
Even though my life before was tragic
Ainda que minha vida tenha sido trágica
Now I know my love for her goes on
Agora eu sei que meu amor por ela continua

I resolve to call her up a thousand times a day
Eu decido ligar pra ela mil vezes por dia
And ask her if she'll marry me in some old fashioned way
E perguntar se ela se casaria comigo á moda antiga
But my silent fears have gripped me
Mas meus medos silenciosos me apertaram
Long before I reach the phone
Muito antes que eu pudesse alcançar o telefone
Long before my tongue has tripped me
Muito antes de minha lingua se enrolar
Must I always be alone?
Eu sempre terei que estar sozinho?

Every little thing she does is magic
Cada coisinha que ela faz é magica
Everything she does just turns me on
Tudo que ela faz me excita
Even though my life before was tragic
Ainda que minha vida tenha sido trágica
Now I know my love for her goes on
Agora eu sei que meu amor por ela continua

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010


Eu tenho medo e medo está por fora
O medo anda por dentro do teu coração
Eu tenho medo de que chegue a hora
Em que eu precise entrar no avião

Eu tenho medo de abrir a porta
Que dá pro sertão da minha solidão
Apertar o botão: cidade morta
Placa torta indicando a contramão
Faca de ponta e meu punhal que corta
E o fantasma escondido no porão

Medo, medo. medo, medo, medo, medo

Eu tenho medo que Belo Horizonte
Eu tenho medo que Minas Gerais
Eu tenho medo que Natal, Vitória
Eu tenho medo Goiânia, Goiás

Eu tenho medo Salvador, Bahia
Eu tenho medo Belém do Pará
Eu tenho medo pai, filho, Espírito Santo, São Paulo
Eu tenho medo eu tenho C eu digo A

Eu tenho medo um Rio, um Porto Alegre, um Recife
Eu tenho medo Paraíba, medo Paranapá
Eu tenho medo Estrela do Norte, paixão, morte é certeza
Medo Fortaleza, medo Ceará

Medo, medo. medo, medo, medo, medo

Eu tenho medo e já aconteceu
Eu tenho medo e inda está por vir
Morre o meu medo e isto não é segredo

Eu mando buscar outro lá no Piauí
Medo, o meu boi morreu, o que será de mim?
Manda buscar outro, maninha, no Piauí

http://www.youtube.com/watch?v=uizGe2IyRzk