domingo, 27 de novembro de 2016



Deslizo os dedos sobre a pele,
página que é invólucro 
do livro chamado ser.
Descrevo o som,
o sono,
o sonho.
A poesia do erro.

segunda-feira, 7 de novembro de 2016

Não mais ...



Se numa tarde dessas 
A mim voltasses.
E dos teus lábios de batom encarnado
Aquele vento morno, lá do passado,
Avivasse antigas promessas,
Eu ainda acreditaria?

Aquelas que outrora 
Em meus ouvidos sopraras,
Atiçando-me anseios vespertinos
Com juras de vida e destino.
Se fizesses aquelas promessas,
Eu ainda acreditaria?

Sob o eco das palavras, distantes,
Findaram-se as tardes nos montes
Que a esperança erigiu,
Com blocos de dias vazios.
Se voltasses com aquelas promessas,
Não mais acreditaria! 

AD Nov/2016