quarta-feira, 17 de julho de 2013

Sem anestesia


Hoje eu como todas as tuas vontades, conto cada pecado cometido até chegar em um denominador comum. Hoje meu sussuro toca sem medo cada curva da tua saudade. Hoje sobra coragem para esperar o amor.
Sem dor, com calor, talvez comigo. Ou como amigo. Hoje nossa certeza é composta por dois corpos. Meus dedos falam mais do que minha lingua em teus lábios. Todos.
Teu cheiro sacia nossa cama. Nosso carma, nosso kama. Sutura teu passado, que hoje eu inverto sem dó nem piedade todas as tuas roupas, tuas certezas. Teu tesão.
Hoje eu emendo teus sentidos. Hoje eu remendo cada ponto de tua imaginação com lençois, fronhas, laços e mordidas.
Sem anestesia, vou romper teus medos, comer tuas incertezas, deixar as algemas. E só pedir: Gema….